A geração hype, para quem não se lembra, é aquela garotada da ostentação. São os riquinhos que não tinham dó de meter a mão no bolso para comprar um tênis de 6 mil, que gostavam de estampar no peito o logo da Supreme e que usavam uma calça da Balenciaga que custava o equivalente a uma viagem (óbvio que dependendo do valor e do tipo da viagem).
Essa playboyzada foi alvo de um vídeo intitulado “quanto custa o seu look?”, Lembraram agora?
Então… Como será que esses caras, que cagam dinheiro, estão se comportando? Agora dentro de casa, sem poder ostentar todo luxo e poder em forma de peças, será que eles estão comprando tanto quanto antes? Ou melhor, gastando tudo que gastavam em um tênis, uma camiseta ou um boné?
O Coronavírus alterou o panorama atual do mundo, porém tudo é possível né, para quem gastava antes, por que não continuar gastando agora?
Bom, para responder a essa question, fomos buscar respostas em um site especializado nesse tipo de consumidor, o highsnobiety, Conhecem? Senão, depois deem uma olhada.
O site highsnobiety (alta sociedade), cujo público alvo é essa galera do hype fez uma pesquisa para entender como o público dele se comportaria durante esse caos de pandemia que estamos vivendo.
Segundo dados do site, a galerinha hype teria dado um tempo nas compras de alto luxo. Quer dizer, uma parte está preferindo investir em estudos, móveis para casa e qualificação. Mas parte se mantém positiva comprando e gastando, seguindo a canção. Tanto que marcas como a Supreme continuam fazendo coleções exclusivas, com poucas peças, que se esgotam em pouco tempo.
Mas será que os consumidores estão mudados?
Esses consumidores que estão se comportando diferentemente na pandemia estão sendo chamados de imunizados pelo hype nesse período porque eles estão preferindo peças básicas, confortáveis e sem tanta aparência com relação a logos.
Seriam eles conscientes? Not, Uma coisa é bem diferente da outra. Consumidor consciente preocupa-se com o meio ambiente, dão menos valor ao “status quo” e consomem menos com mais qualidade.
Esses consumidores, “imunizados”, devem separar valor de valores, desejos de necessidades e entretenimento de iluminação. Porém, é difícil. A estratégia de marketing das empresas continua igual e se continua igual é porque estão consumindo igual. Pouca coisa mudou.
Vende-se tênis da mesma forma que antes. Um estimulo ao consumo exacerbado, à ostentação sem precedentes e, vamos e convenhamos, à futilidade e à desnecessidade.
Por ora, as coisas cessaram no consumo e na moda (como eram antes!), as pessoas estão preferindo desviar um pouco a atenção, mas essas pessoas mudaram a sua essência? Estão todos preocupados com o planeta? Vamos comprar menos? Reaproveitar mais? Talvez não, pelo menos para esse consumidor de grandes grifes.
O lado bom é que pelo menos nesse momento difícil as grandes marcas desviaram sua produção para produzir EPIs, máscaras e álcoois em gel. Isso demonstrou empatia com o próximo e despertou uma novo olhar nesse consumidor apenas acostumado com compras.
A partir desse novo panorama, o novo hype vai pelo menos para entender e compreender que transparência é algo necessário, mas só para concluir não acredito que pelo menos esse grupo de pessoas mudem, mesmo depois de tudo isso, a exemplo do que aconteceu com a reabertura da Hèrmes na China (dispensa comentários, né?).
Muitos são super confiantes e dizem agora vai, o ser humano vai mudar etc. Pois é, não é o que essa pesquisa indica não, mas aguardemos mais um tempo, já que estamos todos perdidos e sequer temos noção do que está por vir.