Seria meio óbvio pensar que quem tem engajamento é rede social. Nós deveríamos comprar roupas apenas pela qualidade, pelo material e pela marca. Porém, não tem sido bem assim.
Tá todo mundo com escassez mental e reclamando que as redes sociais são tóxicas, mas já parou para pensar que não tem mais peça de roupa que chame atenção por si só?
Ou, os desfiles contratam grandes celebridades que substituem modelos. Ou, a locação dá o que falar. Ou, fazem de tudo para chamar a atenção até viralizar. Vestidos feitos na hora desfiles, peças que mudam de cor de acordo com a temperatura, cachorros de máquina, lama, borboletas vivas… E assim vai.
Só assim para chamar a atenção, viralizar, ser conhecido e vender. Esse é o ponto. Nós reclamamos do excesso de informação em um momento em que jornais e revistas dividem espaços com instagrammers e tik tokers e que a informação é massificada.
Mas será que estamos prontos para o Quiet Luxury? E qual marca fará sucesso com peças bem cortadas, cores neutras e material de ótima qualidade? Apenas aquelas que já têm seu nome consolidado, como DOLCE GABBANA, LOUIS VUITTON, GUCCI seriam capazes disso, pois hoje nós vivemos como cachorros atrás do próprio rabo, buscando engajamento, 15 minutos de fama, influenciadores em tudo. Inclusive, nas roupas.
E nós que reclamos das redes sociais no fundo damos valor a isso. Pois se vemos uma roupa pouco daremos a devida atenção se ela já não tiver um nome consolidado no mercado.
Qual a forma que as marcas encontraram então de se destacarem? Criando estratégias para repercutir nas redes sociais. Mas aí que entra a grande questão, roupas devem ou não ter engajamento?