De onde vêm as gravatas?

camisa-gravata

Se existe uma pauta que não falta aqui no MPH, com certeza é sobre gravatas. Está presente desde o estilo geek ao rapaz que ganhou uma promoção na empresa. Está nos ambientes formais, atualmente nos informais também em diferentes tamanhos, cores e formas. E hoje, foi além e já faz parte até do guarda roupa das mulheres.

Mas já pararam pra pensar de onde veio essa peça tão poderosa? Por que a usamos e por que ela é exigida em alguns ambientes? Já imaginou quem foram os primeiros a usarem e como ela evoluiu ao longo da história? Uma peça com a importância que ela tem (e ás vezes a gente nem se dá conta) só pode ter uma história pra lá de importante. E grande. Por isso fiz um breve resumo.

Os significados e suas origens

O mais legal na historia dessa peça não é nem sua evolução em termos de design, mas os motivos que fizeram os homens a utilizarem, dos mais diversos que a gente nem imagina.
A história recente mais conhecida da gravata é a que os franceses a pegaram da indumentária croata, regimento que passou por Paris nos século XVII. Eles usavam uma espécie de cachecol enrolado no pescoço de renda, linho ou musselina (os materiais variam de acordo com a fonte). Acredito que o material era usado de acordo com a estação (no inverno eles usavam lã). De qualquer forma, o fato é que essas primeiras gravatas foram popularizadas mesmo pelos parisienses (que ditam moda até hoje), e a nomearam “cravate” (croata em francês). Foi à partir daí que ela se espalhou pelo mundo.

Muito antes disso, foram identificados elementos nas múmias egípcias que acreditamos ser os tataravôs das gravatas. Eles usavam um objeto de ouro ou cerâmica em torno do pescoço do corpo que possuía a forma de um cordão com um nó. Sua função era proteger os defuntos do que eles acreditavam serem os perigos da eternidade. Foram usados também tecidos amarrados por nós frontais no século III A.C. pelo exército chinês e pelo exército da Roma antiga. Nessa época eram utilizadas para estancar o sangue durante as batalhas (ou seja: protegê-los).

Por muito tempo,  aprender a dar nó na gravata era um ritual que marcava o fim da adolescência dos rapazes e, mesmo que não diretamente, a gente pode fazer uma comparação com os dias de hoje. Mas está para muito além disso: ao mesmo tempo que você pode se vestir elegantemente, ela também pode dar um toque cheio de estilo na roupa, se combinada com peças descoladas e informais. Elas já foram grossas, numa tentativa de perseverança quando a economia dos países mais ricos não estava próspera, ficaram finas quando o minimalismo invadiu a moda, foi usada no vestuário feminino na década de 80, quando as mulheres entraram no mercado de trabalho numa tentativa de inclusão, entre outros feitos. Hoje, a moda e a liberdade nos permitem usar em quaisquer ocasiões, nas cores, estampas, larguras e tamanhos que quisermos e nos sentirmos bem! Aproveite as dicas, reveja alguns posts sobre o assunto e monte looks bem bacanas à partir das gravatas para as festas de fim de ano!

Conhecia a origem da gravata e seu uso?

 

Blogueiro e designer de moda. Também escreve no Sem Geração.
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