O mundo não parou, mas deveria ter parado. Não foi o ataque de 11 de setembro, nem mesmo o colapso de uma possível terceira grande guerra.
Era simplesmente o pulmão do Mundo que estava em chamas. Pois é, em tempos de colapso climático, só faltava essa. A floresta, berço de importantes espécimes de fauna e flora, estava a arder no mármore do inferno que o homem supostamente teria causado.
São Paulo ficou escuro por um dia. O Presidente da França ficou estarrecido com o descaso do governo brasileiro. E o “Bozo” está mesmo preocupado com filme LGBT (tudo questão de prioridades!).
Incêndio criminoso ou não? Talvez nunca saibamos o que causou uma das maiores perdas da história da humanidade. Isso é questão para depois, mas esse depois tem que continuar e tudo não pode acabar em pizza. O momento é para nos preocuparmos com as perdas e danos e tentarmos salvar o que restou.
O mundo não parou (como já bem dissemos), mas a comoção foi grande. Cantores deram a sua voz. O noticiário a sua opinião. E artistas a sua colaboração. Nessa hora, até se o João das Couves se posicionasse seria válido, quanto mais manifestação melhor.
E a moda, hein? Que diz e prega por ai sustentabilidade, preocupação, menos poluição… Pagar de ecofriend é uma coisa. É igual vegetariano que só “come peixe” ou que “a gente vira as costas come presunto”. Não preciso falar que não vale.
Pois é, esperávamos mais engajamento, mais críticas e amor aos debates em prol da Amazônia. Cadê os influenciadores, sempre prontos para opinar? Pouco se fez, pouco se viu.
Estratégias de marketing foram usadas como forma de desculpa. Não cola! Se o seu feed precisa de organização. Se as postagens precisam ser direcionadas a fim de evitar poluição visual, você é uma marca ou influenciador escravo das métricas das redes sociais.
É fácil pagar de boa pinta financiando campanhas de posicionamento em prol do meio ambiente, mas quando chega na Hora H brocha. Pois qual seria mesmo o seu ambiente? Essa seria a hora de soltar notas, fazer stories e meter a boca no trombone mesmo. E muita gente ficou sentada esperando a banda passar ou fez bem pouco por conta da cobrança de jornalistas.
Sem citar nomes. Mas modelos, estilistas, contente influencers, marcas de beleza e tudo mais relacionado ao meio pouco se posicionaram. Triste, depois não sabe o porquê é chamada de fútil e frívola. Faz jus ao apelido. E apesar de não termos dado nomes aos bois, foi para você mesmo que está lendo essa matéria agora. Se a carapuça serviu, vista-a.
Por outro lado. Tem gente boa fazendo trabalho bom sim. A Natura, por exemplo, não mediu esforços, críticas e postagens. André Carvalhal não se calou e não permitiu que a sua rede ficasse atônita ao que estava acontecendo. Além de críticas ao atual governo, repudiou severamente o incêndio. A modelo brasileira, de fama internacional, Gisele Bündchen também se pronunciou!
https://www.instagram.com/p/B1clE4AAZ2s/
Poucos, mas são sinais de enquanto uns dormem, outros lutam. Sempre foi assim e sempre será.
Toda ajuda é bem-vinda! A sua, a minha e a de quem quiser. O que não dá é pagar de uma coisa e fazer outra. Quem muito se mostra como sustentável no mínimo tem que repudiar um presidente que só aceita doações se forem retirados insultos.
Tudo bem, Bolsonaro veio como esperança em meio a tempos de corrupção absurda. Todo mundo pode errar, o que não dá é para ficar persistindo no erro. Se você votou nele, ok! Agora bater palma para esse louco dançar, por favor… Se não conseguirmos cuidar do que é nosso, vai ter quem cuide. Pode apostar. O G7 está de olho e não duvido nada que queiram intervir. A Amazônia é nossa, mas acima de tudo é patrimônio da humanidade. Por isso, vamos preservar, cuidar e conservar.
Faça a sua parte, ajude como puder e uma delas é assinando a petição para impedir o desmatamento da floresta. Assine já! E vamos rezar pra tudo isso mudar.
Crédito das fotos: Greenpeace Brasil.