O Brasil está bem atrás da Europa e dos EUA com relação à informação e aos dados sobre a sua indústria têxtil. Mas o primeiro passo foi dado há alguns dias…
No dia 10/02/2021 (quarta-feira) nasceu nosso primeiro relatório que sistematiza dados sobre a indústria têxtil nacional, ou melhor, pelo menos deveria ser assim e já lhes contaremos o porquê.
O relatório batizado de Fios da Moda, pode ser acessado por qualquer um gratuitamente aqui.
A pesquisa foi realizada por 3 grandes centros de pesquisa: Modefica, o Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas e a consultoria internacional Regenerate Fashion.
Evento de moda, inovação e sustentabilidade, o Brasil Eco Fashion Week terá 10 dias de programação gratuita com 33 painéis de conversa, 13 workshops e 18 desfiles. Começando hoje, com o tema “Conectar para regenerar: Moda e Planeta”, a 4ª edição do evento acontecerá no formato online, mantendo o propósito do evento em criar um ambiente para gerar negócios, oferecer conteúdo especializado, e fomentar boas práticas de responsabilidade social, ambiental e cultural na indústria da Moda.
“Se liga” nessa que vou contar. A New Balance chamou um dos fashionistas mais icônicos para uma collab. E o resultado foi muito bacana! Jaden Smith, conhecido por um estilo único e inigualável, acaba de lançar o New Balance Vision Racer, que é uma mescla de 2 New Balances favoritos do garoto, o 1700 e o X-Racer e, além disso, produziu um tênis ecológico.
Sneakermaníacos vão pirar, viu. Pois esse tênis, que foi batizado de “Vision Racer” vem na cor “wavy baby blue”, que seria como uma nuvem azul bebê.
Na vida tudo tem seu lado bom e seu lado ruim. E assim podemos enxergar o lado bom da COVID para moda. Calma…. Quando eu ouvi essa frase pela primeira vez: “que a COVID tinha seu lado bom”eu quase voei no pescoço de quem a tinha proferido. Isolado, sem festa, sem poder ter uma rotina normal, estressado e assim vai. Phoda demais.
Mas na moda, a COVID acelerou alguns processos que já vinham acontecendo. O consumidor ocioso passou a questionar mais. Valores de empatia, sustentabilidade e comprometimento foram implantados forçosamente na galera. Era como se o vírus tivesse espalhado isso também. Os influenciadores digitais já não se preocupavam mais com o look do dia, mas sim com o look da live e agora teriam de se comprometer, ter responsabilidade e fazer mais pelo meio em que vivem.
E o índice de transparência das marcas do Fashion Revolution nunca fez tanto sentido quanto agora. Queremos marcas comprometidas. Com condições dignas de trabalho e sem trabalho forçado ou escravo na sua cadeia produtiva. Salário digno (que é aquele em que a pessoa no mínimo possa se manter com condições básicas de sobrevivência). Igualdade de gêneros e o abraço aos diferentes tipos dele.
Como já estamos dizendo e reiterando aqui, o Mundo Pós-Covid não será mais o mesmo e muitos processos dentro da cadeia da moda, que aconteceriam naturalmente, ganharam um empurrãozinho e foram acelerados.
A questão da sustentabilidade que caminhava com passos de formiga e sem vontade, de repente, ganhou uma notoriedade até então inimaginável. Mais que óbvio que muitas coisas vão levar um bom tempo para acontecer, ainda mais em se tratando de aglomeração, o que inclui os desfiles.
Por um bom tempo acredito em desfiles com as portas fechadas, sem público e transmitidos de forma virtual, porém uma hora isso há de passar e logo retomaremos as coisas. Aí entra uma outra questão: a dualidade que estamos vivendo.
Você tem noção de quão poluente é o seu armário/guarda-roupa?
Acredito que essa é uma pergunta que comporta as mais variadas respostas e que a maioria ainda não esteja assim tão preocupada em saber o quão poluente o guarda-roupa deles é. Porém, essa década mal começou e SUSTENTABILIDADE se tornou palavra de ordem na era mais quente da história e, ao que tudo indica, consequência da emissão de gases e a criação do efeito-estufa.
Vamos ser permeados nos próximos tempos por conscientização, preocupação com o meio ambiente e uma busca maior por informações do tipo: como as nossas roupas são feitas (how clothes are made)?.
Lembrando que a indústria têxtil é uma das que mais polui e tenta esconder toda a sujeira que produz (só um adendo basiquinho no currículo da indústria da moda!).
Poxa, até os engajados podem ter peças no seu guarda-roupa que sequer lembram a origem, ou são provenientes de marcas que não fornecem quaisquer dados sobre a sua produção e assim vai… As dificuldades para se mensurar isso, nessa altura do campeonato (com um guarda-roupa feito e bem montado), é bem grande e difícil por sinal. Como conseguir fazer isso então?
Um taurino oficial. É publicitário por formação mas blogueiro por paixão. Nas horas vagas gosta de viajar e tocar instrumentos musicais. Saiu de Bauru para tentar a sorte na cidade grande (São Paulo). Criou o MPH há 8 anos com o objetivo de trazer as principais novidades do universo da moda masculina para o homem que se importa com o que veste.
Diogo Rufino Machado (Colaborador)
Ariano. Apaixonado por moda masculina e música eletrônica. Advogado. Jornalista de moda e blogueiro nas horas vagas.