Pandemia, crise econômica ou sustentabilidade, qual desses itens tem sido o fator mais determinante para o crescimento vertiginoso do mercado de “segunda mão”?
Isoladas no lockdown, as pessoas já não precisavam de itens novos para desfilar na rua. E isso acelerou também o comércio de revenda. Os brechós cresceram disparadamente e os resales passaram a ser uma alternativa às desejadas peças de luxo.
Passada a pandemia, o resale ainda continua firme e forte e supera em números, o crescimento do varejo comum, Nesse embate entramos na questão de que nosso dinheiro está desvalorizado, que as peças de grife custam caro e que a geração z se preocupa muito mais com sustentabilidade.
Como diria Jack, o Estripador: vamos por partes.
A falta de sustentabilidade tornou-se insustentável.
Os fiscais da natureza estão cada vez pegando no pé daqueles que não se adequam a questões sustentáveis e os tempos são outros, mais da metade da geração Z consome produtos second hand e dizem estar preocupados com o meio ambiente.
As próprias grifes e marcas de luxo têm se aliado a empresas, brechós e startups de revenda, concedendo descontos para quem revender suas peças na próxima compra. Assim o fez Burberry, Gucci e Stella MCCartney com o site de revenda norte-americano de peças de luxo, The RealReal.
Estamos experimentando ondas terríveis de calor. Só se fala em aquecimento global, consumo desenfreado, produção excessiva de peças de roupas. Logo…para resumir já passou da hora da gente reaproveitar o que temos e usarmos peças já existentes.
Na crise que tá, a gente tá precisando de um caminhão de reais para comprar determinadas peças.
A crise tá feia. Nosso dinheiro está cada vez mais desvalorizado. A geração Z tão sustentável é a mesma hypada, que só quer usar peças de luxo. E para entrar na onda não é tão fácil assim. Tem que ser rico ou ter grana. Logo, tá mais fácil engolir goela abaixo peças vintages. Chique, elegante e com uma grife. Assim é fácil aderir ao estilo e às peças, mas não sustentabilidade, mas sim por necessidade.
Afinal, quem garanta que não há que prove que a geração Z é sustentável, mas sim ela vive em meio a uma crise econômica. Por isso, resale é o que elas têm para hoje, mesmo porque elas são bombardeadas pelo TikTok e outras redes, que incentivam consumir novas tendências a todo tempo.
E aí fica a pergunta que não quer calar, o crescimento vertiginoso de brechós seria por necessidade ou por sustentabilidade?