O caubói, que aqui no Brasil, tem sido chamado de agro boy. Aliás, é justamente desse agro boy que a gente precisa falar.
Se Madonna dizia que o Papa era POP. A Globo diz que o Agro é POP. É a vez da moda dizer que o Cowboy tá POP.
Sim, se pensarmos no estilo western do cowboy do maço de Marlboro e dos filmes e séries norte-americanos, ele tá bem diferente do nosso agro boy, de Goiânia, influenciado pelo sertanejo universitário de Gusttavo Lima e por Ana Castela, remixando sertanejo com funk e eletrônico.
Não é de hoje que somos influenciados pelo estilo cowboy, ainda mais em um país onde o sertanejo é forte. Chapéus, botas, camisas com franjas, cinto com fivelas etc.
O pessoal da moda já incorporou os elementos em desfiles mil. Hoje as blusas de franjas, os chapéus e as botas estão por todo o lado, montando o lukinho daqueles que nunca um dia sequer pisaram num rodeio, odeiam sertanejo e não são adeptos ao estilo.
Agora é a vez de compararmos o verdadeiro cowboy com nosso agro boy. É a mesma comparação do raiz com o Nutella. O agro boy de hoje nunca montou em um boi. Anda de Hillux. O jeans é caro e não surrado (da roça). Gosta de luxo, deixando o xadrez de lado. E o chapéu é mero acessório decorativo em festa ou rodeio.
O estilo caubói foi descontruído pelo pop. E hoje já vamos falar no New Western. O que vocês acham dessa desconstrução?
Concordam ou não que estamos vivendo mudanças no padrão cowboy?