Muito se discute sobre estereótipos de gênero e a moda é uma dessas vítimas na atualidade. Muitas peças que hoje são atribuídas às mulheres, já foram usadas por homens.
A fotografia que você vê logo acima, tirada em 1884, retrata o presidente Franklin Delano Roosevelt quando ele tinha 2 anos e meio de idade. Sim, é um menino de vestido e cabelo comprido. E essa era uma roupa neutra, em termos de gênero, na época para crianças.
Por mais que muitos achem estranho atualmente, foi considerada perfeitamente normal por séculos. As crianças usavam vestidos brancos delicados até os 6 ou 7 anos, sem fazer distinção entre meninos e meninas.
Mas poderíamos voltar ainda mais no tempo para encontrar exemplos de vestidos e saias usadas por diferentes civilizações. Os egípcios, por exemplo, usavam saias envolventes conhecidas como Shendyt, que muitas vezes eram pregueadas ou franzidas na frente.
Em Roma também usavam saias, inclusive era parte do traje do exército romano. Sem contar diversas tribos africanas, indianos, asiáticos e afins, que usam saias e vestidos ainda hoje.
Em Myanmar, por exemplo, os homens ainda hoje têm o costume de usar grandes saias e de andarem de mãos dadas pelas ruas, para demonstrar que são amigos.
Os primeiros sapatos de salto alto foram criados para os cavaleiros persas, para que eles tivessem uma melhor posição dos pés nos estribos durante as montadas.
E foi no fim do século XVI, quando a cultura persa se disseminou pela Europa, que os saltos altos começaram a invadir o guarda-roupa masculino. Nessa época, eles eram vistos como sinais de virilidade entre os homens. Nos séculos XVI e XVII os sapatos com saltos altos eram bastante populares entre os membros das classes mais privilegiadas. Um grande utilizador desse tipo de sapato foi o rei francês Luís XIV.
O monarca francês, para criar distinção entre nobres e plebeus, decretou que apenas membros da sua corte tinham autorização para usar saltos vermelhos como o dele.
No século 18, ambos os sexos usavam rosa. A burguesia europeia, particularmente, adorava.
O rosa costumava ser percebido como um pouco mais para homens do que para mulheres, isso porque era considerado uma subcor do vermelho, associado ao status social, autoridade política e posição religiosa.
Em 1794, Xavier de Maistre, um escritor francês, disse em sua obra “Uma Viagem ao Meu Quarto” que recomendava pintar quartos masculinos nas cores rosa e branco para iluminar seu humor.
Entre o fim do século 19 e o início do século 20, passou-se a definir as cores para cada gênero, de acordo com padrões que vinham do século 18 (e era o contrário do atual).
Segundo Gavin Evans, escritor e especialista em cores, o azul era associado à Virgem Maria e a delicadeza das mulheres, enquanto o rosa estava ligado ao vermelho, visto como uma cor forte e enérgica que traria mais masculinidade aos garotos.
Algum tempo depois da Primeira Guerra Mundial, o rosa lentamente se tornou associado às meninas e o azul aos meninos. Em 1927, a revista Time pesquisou as maiores lojas de departamentos dos Estados Unidos para ver qual das duas cores estava associada a cada gênero. Os resultados que saíram foram mistos.
No início da Segunda Guerra Mundial, a publicidade havia programado as pessoas para pensar que essas duas cores eram específicas de gênero. Por exemplo, desde que as mulheres deixaram o local de trabalho para constituir família e se tornarem donas de casa, os elementos da cozinha amplamente anunciados na época eram rosa. E as pessoas lentamente foram se convencendo de que havia sido assim por séculos… Rosa para meninas, azul para meninos. Mas era justamente o contrário!
E aí, bora parar de colocar gênero em peças e cores?
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