Você já se perguntou, olhando para os ícones religiosos, por que as figuras de Cristo e dos santos fazem certos gestos com a mão? Cada gesto tem um significado específico, mas nem sempre conseguimos compreendê-los (para “piorar”, alguns deles vêm “legendados” em grego!)…
De fato, os gregos e romanos empregavam um “código gestual” complexo, usado pelos oradores e pelos retóricos ao discursarem na ágora, no Senado, em reuniões particulares, cultos e até nas salas de aula. Esses gestos, mesmo sendo complexos, eram de amplo conhecimento público, e, portanto, quase todos compreendiam o seu significado.
É precisamente por isso que eram usados: para reforçar e tornar ainda mais clara a mensagem transmitida pelos discursos.
Entendendo os gestos de mãos
Este gesto era usado por antigos oradores como um sinal para o início do discurso. Normalmente, este gesto nos ícones do Pantocrátor é adjacente ao Evangelho fechado, que simboliza o início da pregação de Cristo.
Este gesto era usado por antigos oradores para indicar a passagem mais importante do discurso. Nos ícones do Pantocrátor, geralmente é adjacente ao Evangelho. Indica a necessidade de prestar atenção ao texto que está nas páginas abertas.
Este é um gesto de reprovação e indicação. Era usado por antigos oradores para chamar a atenção dos ouvintes.
No mundo antigo, este gesto significava o discurso direto do orador.
Gesto de bênção. Os dedos da mão direita estão na forma das letras I e X (Jesus Cristo em grego e em eslavo eclesiástivo) – esta é, portanto, uma bênção pelo nome do Pantocrátor.
A palma da mão aberta para a outra pessoa significa sinceridade e confiança. Na iconografia, os justos são retratados com este gesto. Uma palma da mão aberta demonstra honestidade e pureza de pensamentos; e a ausência de astúcia e más intenções.
Gesto da Oranta. Um dos mais antigos gestos de oração.
Este gesto significa que o santo carregou uma cruz, ou seja, teve dificuldades durante a vida. O gesto também significa fidelidade a Cristo.