Quando a moda afeta o amor

Fiquei pensando por algum tempo antes de começar a escrever este post, já que se trata de um assunto delicado e que também me fez questionar se o que eu iria falar, estava de alguma forma errado.

O fato é que, uma vez que você se interesse por moda e comece a ler, estudar e até trabalhar com isso, você desenvolve um certo tipo de paranóia e até preconceito com as pessoas que andam “fora de estilo” e não se preocupam com o que veste. É lógico que cada um é afetado de um jeito, alguns em menor escala, outros em maior, mas o problema é: e quando se trata do seu amor?

Tenho até receio em confessar isso, mas eu já perdi as contas quantas vezes hesitei em dar uma chance para alguém pois sempre me perguntava: se eu me apaixonar, mesmo com todos os outros pontos positivos, em algum momento eu vou ter que mexer no guarda-roupa INTEIRO dessa pessoa. E pra convencer? Fora isso, quão estúpido pode ser desperdiçar uma pessoa que seja uma alma maravilhosa, por conta de suas roupas?

Fiquei imaginando aqui se algum de vocês está passando por este drama. De repente você virou um cara totalmente ligado em moda e não está conseguindo disfarçar a sua insatisfação com o estilo (ou a falta de) alheio. E se isso pode afetar o relacionamento de uma forma mais pesada. Por outro lado, acredito que o preconceito do outro, quando você começa a ficar muito preocupado com o que veste é ainda maior do que o seu com o de quem não se arruma.

Dizem que para um namoro dar certo, as pessoas tem que estar no mesmo passo. E isso significa ter liberdade para ser sincero com o outro. Se é importante que vocês cresçam como casal, emocionalmente e espiritualmente, acho que também vale a pena bater um papo e explicar o porquê dessa evolução “ornamental”.

Afinal, estar bem vestido não tem nada a ver com consumismo ou chamar a atenção dos outros. Se vestir bem, além de ser um mimo com o próximo, que vai ter a chance de vislumbrar uma imagem mais bonita, é um presente a autoestima e um respeito imenso com si próprio.

E vocês, já passaram por uma situação parecida? O que acham de tudo isso?

Colaboração: Erica Hans.