Nesses últimos anos vivenciamos o boom do sportwear. Conceitos como atlheisure e normcore seriam a máxima valia da moda contemporânea e cada vez mais coleções, desfiles e estilistas se renderiam à moda esportiva.
Collabs mil e invasão do que antes permanecia na quadra, no campo ou quaisquer outros meios esportivos. Nunca se imaginou a Nike e a Adidas, por exemplo, ditando conceitos de moda e investindo pesado para isso.
O domínio do sportwear é inegável. Hoddies, quebra ventos, dad sneakers… Cada vez mais a rua estava nas passarelas e menos a passarela nas ruas. Cantores, artistas e outros ‘influencers’ passaram a ditar muito mais conceitos de estilo, elegância e moda que as próprias marcas. O sonho criado pela moda já não era mais o mesmo.
Vivemos um boom do sportwear. É como se de repente no lugar do romantismo estivéssemos vivendo o realismo exacerbado. Épocas antagônicas e bem contrastantes na literatura.
Não atônitas a tudo isso e totalmente antenadas ao seu tempo, as grifes incorporaram esse novo “way of life”.
Só que tonto ninguém é, a situação de hoje é a repulsa do amanhã. Não ia demorar muito para a alfaiataria voltar. E o sportwear já começa a dar os primeiros sinais de fadiga.
Não sou eu que estou dizendo, são os próprios nomes da moda que dão sinais de estarem de saco cheio de tanto moletom, logomania e teninho no pé.
Nomes como Raf Simons, Marc Jacobs, Ricardo Tisci já externaram seu descontentamento com o momento atual e já estão resgatando a nobre e a clássica alfaiataria.
São os primeiros sinais de mudança. Ainda não sabemos o que vem por aí, mas mais do mesmo é que não será. O que pensar de tudo isso? Você, jovem, fitster, cool e millennial, como encararia a troca de tênis por sapatos? Moletons por paletós? E assim vai… Ficam ai as indagações para respostas.