A nova tendência da black music americana é a mistura do Rhythm and Blues com bases eletrônicas e vozes distorcidas – vide Kanye West, Black Eyed Peas, Chris Brown e cia. O estilo tem se distanciado mais e mais da intenção original, que era misturar as raízes da Soul Music, Gospel e Blues das divas Aretha Franklyn e Etta James com o Funk de James Brown.
A música negra nos EUA passou tanto tempo marginalizada que, uma vez no mainstream, gostou do que encontrou no pop e se apropriou dos efeitos eletrônicos e letras pouco significativas e deixou um pouco de lado a profundidade e originalidade do início.
Mas como em toda regra há sempre uma exceção, Janelle Monáe vem remando contra a maré. Retomando as raízes do R’n’b, a garota de 25 anos nascida em Kansas City é cantora, compositora, dançarina e performer. Em meados dos anos 2000, ela fundou a Wondaland Arts Society e em 2007 lançou por ela seu primeiro álbum solo, Metropolis – Suite I (The Chase).
O álbum foi a primeira parte de um projeto conceitual que seria dividido em 4 partes (ou suites) e lançado digitalmente. Mas após assinar com a gravadora de P. Diddy no final do mesmo ano, ela relançou o trabalho como cd.
A cantora ganhou fama e já abriu shows para a banda indie Of Montreal, fez turnê abrindo shows para No Doubt e ganhou alguns prêmios importantes da música – entre eles um Grammy e um MTV Movie Award.
Em Maio desse ano, as suites II e III se transformaram no conceitual The ArchAndroid, no qual Janelle assume seu alterego Cindi Mayweather, uma espécie de Messias para a comunidade andróide de Metropolis. Ela já comentou que pretende filmar videos para cada faixa do álbum, além de transformá-lo em filme e HQ.
Para divulgar The ArchAndroid, Janelle gravou o divertido e bem produzido clipe de Tightrope no qual a moça mostra o quanto sabe cantar e dançar. Michael Jackson deve estar orgulhoso ou morrendo de inveja.
Na semana que se passou, um novo clipe foi lançado, dessa vez uma idéia mais simples com apenas um take. Veja Cold War:
No álbum, Janelle conta com as participações de Big Boi (do Outkast), o poeta e músico Saul Williams e a banda indie Of Montreal. Como se não bastasse o talento para a música, a cantora também é uma ótima referência de estilo, sempre abusando de looks refinados e frequentemente usando peças masculinas – camisa + gravata.
Para mais info:
O album todo é muuuuito bom, cara! Muito original, com umas misturas de estilo muito bacanas. Otimo post.
Trabalho incrivel. e o melhor..perceberam que no Tightrope, ela faz o moonwalker de lado?
classe!
ela é demais mesmo, já havia até comentado sobre ela no meu blog tbm: http://www.rodolpho-rosemberg.blogspot.com
Noossa, curti. Adoro R’n’B. Depois eu assisto os vídeos.
Q maravilha!
Atitude pura!FODONA