Talvez esse título nem lhe seja familiar. Talvez para você a União Soviética nem influenciasse a moda. Talvez a União Soviética tenha ficado nos seus livros de história e no passado. Mas U.R.S.S. continua viva, firme e forte, principalmente na moda.
Traços, cortes e cores que remetem ao antigo partido socialista acoplam-se a símbolos, alfabeto cirílico, normcore, roupas esportivas e martelo e foice (os dois maiores símbolos do partido comunista). E eu vou lhes explicar como.
Dois dos grandes nomes da geração atual de estilistas mundiais remontam desse período.
Gosha Rubchinskiy e Demna Gvsalia, dispensam apresentações quando se trata de moda mundial. Gosha é o queridinho do momento de marcas como adidas e Burberry.
Com coleções totalmente inspiradas no sucesso olímpico que o socialismo teve. Gosha pauta-se por peças esportivas, comfys, em azul-marinho e vermelho, além dos símbolos sovietes e cabelo raspado.
A U.R.S.S parece estar em quadra, pois seus uniformes estão ativos. Essa é mais ou menos a estética de Gosha, que quebra um pouco isso com maquiagens punks.
Já Demna que está à frente da Balenciaga, que ao lado da Gucci são as marcas hypes do momento, tem botado nas coleções também o martelo e a foice, além de vestidos floridos, o calendário do momento socialista e também da vestimenta da sua mãe e avó.
Isso já explica o porquê inconscientemente estamos sendo influenciados pela antiga União Soviética. Os dois estilistas são grandes diretores criativos cujo berço está aí e também possuem um pé grande cultural nessa época.
Além disso, eles estão entre os maiores nomes do momento. Por isso, ainda vamos ter uma influência dessa cultura e época em roupas, sapatos, cabelos e maquiagens.