A moda trabalha em cima do que está acontecendo na sociedade. Ultimamente ela vem tendo trabalho à beça para se reinventar, criar tendências, despertar curiosidade, chamar a atenção e atrair pelo desejo.
Pois, nunca como agora o job esteve tão presente nas passarelas. A recessão econômica mundial, a volta do trabalho presencial, a ameaça aos direitos trabalhistas e mesmo antes da demissão em massa do Vale do Sílicio, fez com os desfiles internacionais trouxessem outra tendência: workcore.
O nosso único trabalho ao se vestir agora é parecer que nunca estivemos fora do ambiente de trabalho.
E foi em cima dessa premissa que muitas coleções trabalham. O minimalismo da Gucci. Os jalecos e camisaria da Prada. A aposta da Bottega Veneta em peças do dia a dia e bolsas do tipo sacola de papel, utilizadas para refeições de aplicativo, que são comidas no trabalho e muitas vezes em frente ao computador.
Cardigãs, gravatas, suéteres, jalecos e bolsas multifuncionais, peças prontas para ser trabalhadas. De ofício, os tecidos deveriam ir na mesma direção. Tecidos prontos para um negócio, do tipo risca de giz.
O emprego de uma nova tendência surgia em forma de profissão, é o workcore.