Que tosco, não é cara? De onde vem esta história de passar o ano de branco para paz, vermelho para paixão, amarelo para dinheiro. Uma vez passei com a velha [camisa de couro amarela], uma bermuda vermelha e um amigo meu passou de branco sob o seguinte argumento:
“Se no ano que vem eu não tiver dinheiro e sexo, então não terei paz!”
Desde então, só passo de branco. E sempre com a mesma bermuda, uma da Hugo Boss que comprei na virada do milênio. Não se espante, ela é atemporal, de sarja e vai até com a parte de cima do terno.
Falando em repetir roupa, divido com o leitor do MPH uma percepção com fundamentos superficiais há pouco recebida do além. Repare como muitos estilistas, capazes de criar verdadeiras obras de arte em modelagem, combinação de cores, tecidos, volumes, caimentos, acabamentos… costumam aparecer de preto, básicos, neutros, “desencanados”, por que?
Talvez porque uma pessoa com DNA Fashionista passe por várias fases e a última é achar em meia dúzia de looks a representação máxima do que os define, porque não têm mais que provar nada para ninguém. (Nunca tiveram, mas “agora” é que não tem mesmo!) Lembra aquela mulher Patrícia Field, que vivia de preto, mas tinha um cabelo vermelho inspirado no Lion do Thundercats? Caso semelhante, ela, uma renomada stylist responsável pelo sucesso das centenas de looks de Sexy And The City, com um repertório estupendo, sempre de preto. Desencanada? Talvez.
Outro que vivia de jeans preto, moleton, calça larga, bem desencanadão mesmo, era ele, Principe Herchcovitch; Alexandre. Vivia, porque, outro dia encontrei em carne e osso, de branco com um topetão rock a billy IINIMAGINÁVEL. Neste dia estava eu na rua João Moura, esperando uma cliente fazer prova de vestido no ateliê do Samuel Cirnansck e resolvi conhecer uma nova loja ali do lado, mistura de brechó com lojinha fasion, do Alcides e Amigos, na mesma rua, entre a Cardeal Arco Verde e a Rebouças. A loja é meio (super) vip, talvez por isso Alexandre tivesse ali tranquilão pronto para passar o reveillon em paz, conversando com uma cliente bem ao acesso dos seres humanos.
A casa tinha cinco cômodos transformados em loja, o primeiro deles vendia peças femininas, mas o que roubava a cena eram os óculos vintage selecionados por algum colecionador de bom gosto, agrupados em dois estojos “aquários” sobre o balcão central. Entrando sentido “fundos” da casa, o segundo cômodo vendia brinquedos da década de 80, ainda em suas embalagens originais. Neste ambiente também tinha uma estante com sabonetes e perfumes da Phebo, verdadeiras relíquias da fragrância. No próximo cômodo ainda no térreo, araras agrupavam centenas de camisetas vintages originais com estampas divertidas, todas de algodão, a média de preço se não me engano era entre R$ 70 e R$ 100. No âmago do fundo da casa, ainda no térreo havia uma lanchonete e em uma espécie de edícula a parte brechó master, com camisas, calças, camisetas, moletons, algumas peças bem fashionistas por um valor médio de R$150 reais.
No andar de cima da casa, algumas jaquetas de papel bem coloridas cairiam muito bem para um gostoso Jokenpo. Avistei no mesmo cenário muitas camisas xadrez Ralph Lauren que não duvido terem pertencido ao próprio AH. Um último ambiente apresentava criações femininas de uma coleção atual que parecia ter mais de 20 anos também. O melhor da loja são os chocolates Twix grátis* para compradores amigos meus, do Alcides e do Alexandre.
*quando este post foi redigido.
Bonne année!
Texto do Bruno Divetta.
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