Há uma semana, o músico-ator-ourives AND estilista Fause Haten lançou sua linha ampla de roupas masculinas, quase como uma nova marca que leva seu nome. A necessidade de encontrar roupas “interessantes”, que geralmente só aparece de seis em seis meses nas passarelas e esquecem de marcar presença nas lojas físicas, segundo o estilista, foi um dos impulsos para criar as peças masculinas, que são variantes do gosto pessoal dele. Para a primeira coleção, Fause cria peças que unem o streetwear à alfaiataria, estampas exclusivas e aplicações de outros tecidos, tudo num trabalho quase artesanal.
Certamente a maioria das peças estaria no meu guarda-roupa, isso se eu (e você, caro leitor), estivéssemos incluídos nessa “molecada que não segue a moda”, a quem se destina a coleção, segundo o próprio estilista. A proposta é boa, sem dúvidas, as peças são possíveis de ser usadas, a não ser pelos preços salgados e sem muito sentido. Apesar de todo o trabalho manual e de tecidos nobres, o preço não justifica, principalmente se a coleção é pensada para o universo jovem atual. Fause utiliza seu nome como marca estabelecida no mercado para agregar valor às peças. Prova disso são os cinco modelos diferentes que têm o mesmo preço. Daí fica a pergunta: como a equipe comercial chegou nesse valor único? É um caso a se pensar. No mais a coleção é bonita e, apesar de nada inovadora, preenche uma lacuna em branco na moda masculina, mesmo que seja apenas apenas nas vitrines virtuais.
E você, acha que o preço vale o produto? Comente com a tag #ConsumoConsciente!
Desde que eu assisti a uma entrevista da Glória Kalil, há uns anos atrás, uma coisa que ela falou jamais saiu da minha cabeça: “nunca, em hipótese alguma, pagar mais de R$ 100,00 numa camiseta, não importa se de grife ou de que material seja feita, faz sentido. Aquela peça nunca vai deixar de ser uma simples camiseta. E dependo da estampa pode ficar completamente demodè em menos de um ano. Melhor comprar uma camiseta branca, de malha de algodão e pagar um preço justo. E esta é (quase) eterna”. GK.
Quem em sã consciência faz numa coleção peças listradas tipo “Beetlejuice” e diz que é pra meninos que não seguem moda.
E esses preços?
Tudo errado.
Esse cara se perdeu faz tempo.
Essa aqui é para o pessoal do MPH e para todos que procuram “sustentabilidade”. Coloco aqui um link com uma entrevista do gaúcho Cristiano Bronzatto, dono da marca de sapatos femininos Louloux. Tá certo que o que ele produz (sapatos femininos) não nos interessa lá muito, mas o que o cara diz, sim, e muitíssimo. Entrevista feita pela ótima jornalista Mariana Kalil. Não deixem de ler (e de se identificar). É realmente muito bom, garanto:
http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/donna/noticia/2013/11/apos-crise-cristiano-bronzatto-transformou-a-louloux-na-marca-de-sapatos-mais-cobicada-do-momento-4350023.html
Quando encalhar nas araras ele baixa o preço