Crise Econômica faz rede Topshop fechar as portas no Brasil!

A rede britânica Topshop está prestes a fechar as portas no território nacional.

A loja masculina, Topman, já teve sua loja fechada (Iguatemi JK) no ano passado e acabou virando uma seção dentro da Topshop, que antes era dedicada somente para roupas femininas.

Agora a empresa parece não ter resistido a crise econômica e vai encerrar as atividades assim que esgotarem os estoques. Para isso eles estão com uma promoção de 50% de desconto em todas as peças.

É tempo de refletir sobre a crise econômica que estamos enfrentando.

Outras empresas do setor também mostraram ter se abalado com a crise, como, por exemplo, a Marisa que fechou algumas lojas e encerrou as operações de venda direta. O grupo GEP, dono das lojas Luigi Bertolli, Cori e Emme e representante da GAP no país, que entrou essa semana com um pedido de recuperação judicial na Vara de Falências e Recuperações Judiciais de SP.

A região do Brás, em São Paulo, famosa por abrigar confecções e lojas de atacado e varejo, já demonstra desde o ano passado o reflexo da recessão. Foram mais de 350 confecções que fecharam as portas e várias lojas pregaram a placa de “ALUGA” ou “PASSO O PONTO”.

O reflexo no setor da moda é um dos exemplos citados por aqui… Mas se for para o lado da gastronomia, as notícias seguem o mesmo estilo. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, vários restaurantes clássicos estão encerrando suas atividades.

Renner e Riachuelo expandem!

Ao mesmo tempo que algumas grandes empresas estão fechando, outras estão lucrando ainda mais.

A Riachuelo expandiu sua rede no ano passado para a um total de 271 lojas, 14 a mais em relação ao fim de 2014, enquanto a Renner adicionou dez lojas a sua rede, com um total de 258 em junho de 2015.

Qual a lógica?

Eu tenho parado para refletir sobre a crise desde o ano passado. E estudando alguns artigos de economistas e pesquisas atuais sobre os novos consumidores, cheguei a uma conclusão.

O desemprego é um dos fatores que faz com que aconteça uma recessão em alguns setores. O setor da moda, gastronomia (fora de casa), entretenimento e afins, vai acabar sofrendo com a crise e a falta de “verba” da população. Isso porque entregam produtos que não são de necessidade básica.

Já as empresas que oferecem produtos do dia a dia e com baixo custo, continuarão mantendo o faturamento ou até vendendo mais.

Um exemplo: Antes você comprava o arroz arbóreo produzido na nicarágua, porque achava que o gosto é mil vezes melhor. E, para harmonizar, comprava aquela deliciosa cerveja belga produzida por monges em dias de lua cheia. Agora, sem emprego, você vai procurar o arroz mais barato que ver na prateleira do mercado e vai tomar uma cerveja lager bem gelada mesmo.

E mesmo quem não sofre com o desemprego, com um pouco de medo e insegurança, acaba poupando mais e abdicando de alguns “requintes”. E isso é lógico, ninguém sabe o que vem pela frente.

E é nesse momento que ele começa a procurar as lojas e empresas de baixo custo. Antes o sujeito nunca tinha entrado em uma loja de departamento, porque achava que era “coisa de pobre”, mas agora ele percebe que é a única solução para ele conseguir comprar uma roupa com o pouco de dinheiro que sobrou no fim do mês. E não é que ele encontra uma camisa estampada igual a que a Topman vendia por 3 vezes mais? E, acredite, muitas vezes com o mesmo tipo de material.

O mesmo vai se refletir para os outros setores… Esse mesmo sujeito que antes ia comer num restaurante caro e clássico da cidade, que já começou a cobrar 13% de serviço de garçom, começa a andar mais pelo seu bairro e descobre um outro do mesmo estilo, que oferece água grátis, atendimento melhor e com uma postura moderna.

 

O Uber é um bom exemplo de empresa que conversa com esse novo consumidor. Ele entrega um serviço melhor do que o do táxi convencional e, geralmente, com um preço menor.

Em tempos de crise os consumidores ficam mais inteligentes.

É isso. Os consumidores foram obrigados a mudar, ficando até mais inteligentes. Agora o bolso fala mais alto do que a vontade de ter algo. E isso é bom, logo que usa os dois lados do cérebro, o da emoção e o da razão. E um cérebro bem treinado começa a pensar melhor.

Guilherme Cury

36 anos, taurino, blogueiro e músico nas horas vagas. Criou o MPH há 10 anos com o objetivo de trazer as principais novidades do universo da moda masculina para o homem que se importa com o que veste.

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