Atualmente, a humanidade vem enfrentando um período em que os hábitos de consumo estão se tornando cada vez mais exacerbados e fora de controle. A publicidade é um dos meios que contribuem para que isso aconteça, sendo preciso começar a desenvolver propagandas mais éticas e realistas.
Em meio a esse cenário, algumas marcas de roupas, acessórios e cosméticos estão tentando ir de encontro a essa premissa, e para isso estão apostando no conceito da sustentabilidade ao longo do processo de criação dos seus produtos. Entretanto, esse é um conceito muito amplo e que engloba várias tendências diferentes. Pensando nisso, a seguir temos um resumo sobre os diferentes tipos de moda sustentável, incluindo os detalhes mais importantes sobre cada um deles.
A chamada moda Eco-Friendly, como o próprio nome já indica, defende uma produção mais amigável em relação ao meio ambiente. Na prática, isso significa apostar em uma cadeia produtiva que não descarte substâncias poluentes e tóxicas, e também na adesão de tintas mais naturais e matérias-primas biodegradáveis. Como exemplo, já existem marcas que substituíram o algodão pelo bambu na composição dos tecido, tendo em vista que esse material não necessita do uso de pesticidas para se desenvolver.
Em tradução literal do inglês, a tendência Zero Waste significa “desperdício zero”, e consiste em adotar um modelo de produção que gere o mínimo possível de lixo e resíduos. As marcas de roupas e acessórios que são adeptas a essa abordagem costumam utilizar a tecnologia como aliada para a definição exata da quantidade de material que precisam, por exemplo, além de utilizarem insumos recicláveis e desenvolverem sacolas e embalagens que possam ser reutilizadas.
O Made Local é o movimento que promove o consumo de produtos que tenham sido fabricados localmente, ao menos dentro de um mesmo território nacional. Além de fortalecer a economia do país, essa prática também possui um viés ético, pois as empresas que produzem roupas e acessórios no Brasil precisam seguir a um conjunto de regras e procedimentos que protegem a mão-de-obra local e garantem o direito desses trabalhadores, sendo assim uma garantia de que aquele produto foi concebido dentro dos padrões.
As marcas que decidem adotar em seus produtos o status de “orgânico” precisam cumprir um conjunto rigoroso de diretrizes estabelecidas por órgãos e entidades como o USDA, nos Estados Unidos, e o IBD, no Brasil. Em resumo, os produtos devem ser o mais naturais possíveis, produzidos com materiais que não utilizam qualquer tipo de pesticida e outros resíduos tóxicos, além de matérias-primas que possam ser tratadas somente com a água da chuva e não com fontes artificiais.
Um pouco diferente da reciclagem, que recupera um determinado material para que ele possa ser utilizado novamente em sua mesma forma, como o papel e o plástico, o upcycling é uma técnica dedicada a recuperação de materiais que iriam para o lixo, com o objetivo de transformá-los em algo totalmente novo e diferente do que era antes. No mundo da moda, a tendência do upcycling está cada vez mais em alta no exterior, e consiste em utilizar os retalhos de uma peça velha, que iria ser descartada, para criar um item completamente repaginado e ainda melhor.
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