Poderia começar o post já levantando uma questão: FRAGRÂNCIA TEM GÊNERO?
É lógico que não. Mas com o tempo, as próprias casas de perfumarias e grandes grifes começaram a criar essa divisão de gênero para seus perfumes. Tanto que surgiram vários perfumes que ficaram famosos com “WOMAN” e “MAN” no rótulo.
No entanto, sempre existiram mulheres que gostavam de perfumes “masculinos” e também homens que usavam fragrâncias consideradas “femininas”. Eu mesmo nunca tive conflito em usar um perfume feminino, inclusive sempre dava umas borrifadas no corpo com o Chanel No 5 da minha mãe.
Mas os tempos mudaram e as questões de gênero também.
A moda já se ligou nisso há um tempinho… E a indústria da perfumaria já está dando seus passos também.
Várias marcas já pararam de colocar WOMAN e MAN nos seus rótulos, assim como estão usando homens e mulheres usando o mesmo perfume em campanhas e divulgações.
Um bom exemplo de perfume que já segue essa trend é o Ck Everyone, lançado em 2020 pela Calvin Klein. Não só se diz Sem Gênero, como também é vegano, orgânico e é feito com vidro reciclado (e reciclável).
Bom, a Calvin Klein já tem uma tradição nesse mesmo sentido. Seu clássico, que lidera o ranking dos perfumes mais vendidos da história, o CK One, sempre foi um perfume sem gênero. Ele foi criado em 1994, quando Calvin lançou a fragrância unissex que de cara conquistou o público jovem, por conta dos anúncios que valorizavam a rebeldia, a androginia e a mistura racial. Seu frasco translúcido, de design limpo, evocava a não diferenciação de gostos e sexos.
E perfume é isso. Quem disse que floral é só pra mulher, assim como amadeirado é só pra homem? O importante é a pessoa se sentir bem e a composição final se adequar com a pele. De resto, gênero só precisa constar no RG mesmo.
E aí, o que você acha disso? Já está preparado para o mundo das fragrâncias sem gênero?