Primeiro dia de semana de moda é sempre uma correria, até descobrir onde serão os desfiles, onde encontrar as informações, acessos, backstage, coletiva de imprensa e tudo mais. Depois de toda a burocracia, meu dia começou no café da manhã da Tommy Hilfiger, localizado num lugar lindo de Copenhagen.
O café da manhã para imprensa foi ótimo. Tive acesso as coleções de outono, as tendências que a marca aposta nessa próxima estação européia e o que foi apresentado em NY no mesmo dia.
A marca traz o clássico guarda-roupas americano, a linha formal traz alfaiataria bem cortada em tons escuros com cores vivas nos detalhes. A linha casual o jeans é a aposta da estação, traz um mix com estampas interessantes, destaque para a calça e jaqueta e além dos acessórios que todo homem gostaria de ter.
Em seguida, na prefeitura de Copenhagen, aconteceu a coletiva de abertura do evento e os próximos desfiles do primeiro dia:
Tonsure
A marca, que estreia a semana de moda de Copenhagen, trouxe um mix de alfaiataria com estampas, além da aposta nas calças mais largas e no mood relaxado, que já foi apresentado em outras semanas de moda da europa (Paris, Milão e Londres).
Ellen Pedersen
Com uma apresentação em um dos pontos turísticos de Copenhagen, o Rundetårn, uma torre do século XVII localizada na região central da cidade, é um dos muitos projetos de arquitetura de Cristiano IV, foi construída como um observatório astronômico.
Nos looks trazem um jovem esportivo, transgressivo, rebelde e detalhista na construção dos detalhes da roupa.
Han Kjøbenhavn
O desfile já foi uma “evento” na cidade, por ser a primeira vez que alguma marca ou estilista faz uma apresentação de moda em Christiania (bairro de Christianshavn), também conhecida como Cidade Livre, é uma comunidade independente e autogestionada. Desde 1971, a área recém abandonada de bases militares de Badsmandsstraedes Kaserne, foi ocupada por hippies, anarquistas, artistas e músicos no movimento “Power Flower”, como uma forma de protesto ao governo da Dinamarca, e resistentes até hoje cerca de 900 pessoas vivem sob um grupo de leis distintas do restante da Dinamarca.
Confesso que esperava mais da marca, mas o show em si foi super interessante, as roupas trouxeram um ar esportivo de futebol e ciclismo, tons casuais (azuis, cinzas, pretos e o roxo denominado Murasaki), meio pijama misturado com casacos pesados e com pele, muito moletom e roupa confortável. Os meninos tinham uma mascara estilo Bane (do Batman) e se ligavam a um grande urso (Teddy Bear) de pelúcia que fazia cenografia na passarela. Han nos deixou com gostinho de quero mais.
BARBARA I GONGINI
A marca trouxe um desfile gótico, todo preto e detalhes em branco. Casacos oversized e homens vestindo chapéus rígidos. Peças em couro, jaquetas de motoqueiro e calças de couro, muito zíper nos detalhes e uma apresentação de dança no final.
Henrik Vibskov
E o desfile mais surpreendente ficou pro final: Visbov, é um estilista conhecido na cidade por sua inovação, seja na passarela, na apresentação ou nas roupas. Trouxe muitas coisas interessantes, a primeira delas uma instalação de cabeças de madeira na passarela, pintadas como bonecos circenses, com artistas mexendo essas cabeças como bonecos ventríloco e músicos tocando durante a apresentação.
Nas roupas, a COR, por que os nórdicos são bem apegados ao preto e branco, o desfile teve estampas listradas bem estruturadas em vários formatos e direções com estampas de bolas, seja no colorido ou no preto e branco, silhuetas amplas contrastando com legging e estrutura acinturada, jaquetas kimonos, saias, casacos com mangas largas, cintos de laço, calças amplas e completando os looks um sapato monocromático. Além de um casting multi-cultural.
O dia também teve dois desfiles femininos: Jesper Høvring & Great Greenland e Lala Berlin.
vi ses (até amanhã) <3
Fotos: Fabio Allves e divulgação CPHFW.
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