Quando vemos um desfile na passarela, principalmente os conceituais, dificilmente imaginamos alguém na rua, indo trabalhar ou na balada vestindo aquilo. Pelo menos, não no Brasil. Essa é uma das maiores incompreensões de quem não entende como a moda funciona. Você certamente já foi a uma exposição de arte contemporânea e saiu do local sem entender nada, mas achando tudo lindo. Os desfiles funcionam mais ou menos assim. Fazem parte da sociedade do espetáculo. Ele está ali para ser admirado, agregar valor ao produto além de mostrar o conceito que o designer usou na coleção. E, claro, apresentam a tendência a modo cru, sem massificações ou adaptações à vida real. Ou seja, a última intenção dos desfiles conceituais é fazer você usar aquele look da passarela pra ir à faculdade.
O que muita gente ainda não consegue entender é como aquele conceito pode ser adaptado para um look do dia-a-dia. Até entendem, mas só quando a tendência chega a lojas como C&A, Renner e Riachuelo e de uma forma totalmente diferente. Você deve estar perguntando o que tudo isso tem a ver com o título do post. Ok, a minha intenção é apenas mostrar como não é difícil você usar um conceito que está sendo mostrado na passarela e adaptar às suas roupas montando um look cheio de informações atuais de moda. E, pra mostrar isso, vou usar os detalhes que complementam peças simples, mas que fazem a diferença. Mas se você é uma pessoa básica e acha que o homem não precisa se arriscar na hora de se vestir, nem termine o post.
Karlheinz Weinberger pode ser considerado o 1° fotógrafo de streetstyle quando moda era passarela e só. Ele fotografou jovens com peças de Jeans nos anos 50 e 60, onde o jeans era sinônimo de rebeldia e estava se popularizando cada vez mais. Recentemente foi lançado um livro com essas imagens que influenciaram a veia criativa de alguns estilistas na hora de apresentar suas criações. O interessante em observar nessas fotografias é a cara que as peças levam como a jaqueta de motociclista cheia de tachas, aplicações, desenhos e looks fortes e personalizados com jeito de “feito por mim mesmo”.
Para confirmar a tendência (ou a volta dela) nas passarelas, algumas marcas como DSquared2, Frankie Morello, Armani Jeans, Thom Brow e The Blonds fizeram suas versões para o outono inverno 2012 de forma conceitual e nada usual. Mostraram a tendência de forma macro, ou seja, o forte do que vai aparecer em umas duas temporadas depois nas lojas que você costuma comprar.
E, finalmente, para mostrar que é possível acompanhar a moda em tempo real, basta ter noção do que realmente combina com você com um pouco de criatividade e olhar pessoal sobre a tendência. Neste exemplo que peguei para ilustrar o post são truques de customizações que já presenciei alguns rapazes usando por aí, e eu mesmo já fiz minhas versões de com tachas e spikes (tudo bem sutil). O exercício é assistir o desfile pensando no que você tem no guarda-roupa que pode se aproximar daquela estética. Cedo ou tarde, de uma forma ou de outra, todo mundo vai querer usar aquelas peças, mas nada como você usar de forma pessoal e vanguardista. Uma ótima fonte de inspiração!
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