O novo básico

“Sabe aquele dia que você não quer pensar em o que vestir e sai de casa com um look básico.”

Pensando nessa necessidade, muitas marcas já trabalharam por esse apelo que acaba não se sustentando por muito tempo, como vimos a Hering ser uma das precursoras no Brasil nos anos 90’s, na tentativa do básico acessível que vira popularesco. Conhecemos exemplos mais concretos na contra mão dessa tendência, como a Acne, Maison Martin Margiela e All Saints na gringa, algumas com preços não muito acessíveis ou não disponíveis no país, e até hoje não tínhamos nenhuma marca nesse segmento no Brasil.

Acabamos conhecendo a DERCANVAS, que traz o desafio de propor o “back do basic”, tendência na Europa há duas temporadas atrás. Sabemos que nem sempre o que é tendência é ser acessível, mas temos que romper a barreira do subdesenvolvimento /colonialismo Brasileiro e o MPH tem foco em trazer todas as possibilidades possíveis dentro de cada orçamento, estrutura social e claro poder de compra. Achamos importante posicionar nosso leitor (VOCÊ).

Nessa iniciativa, fizemos algumas questões para os criadores da marca, Stef Bacon e Futoshi Nakayama:

MPH: Qual o principal objetivo ao lançar uma marca de básicos no Brasil? E a Dercanvas têm a pretensão de abrir lojas físicas em alguma capital brasileira?

S&F: O objetivo da marca é suprir os desejos de um público emergente no mercado nacional classificados como classe criativa, com um produto claramente segmentado. Atualmente a marca foca no online e está presente em algumas multimarcas (Cartel 011 em Sp e Sala de Estar no Rio), porém existe um planejamento de implementação de loja física para daqui três anos.

MPH: Pensando no cenário de moda do Brasil e no mundo, qual o posicionamento da Dercanvas São Paulo em relação aos concorrentes?

S&F: O mercado nacional ainda é muito mal segmentado. Não existe uma coerência de produto com comunicação e todos competem com todos, o tornando um mercado muito difícil de se posicionar porém com grandes possibilidades. Internacionalmente é muito mais fácil se colocar ao lado das marcas e consequentemente focar sua comunicação e disputar o público.

MPH: No vídeo vocês dizem que o lifestyle Dercanvas é para o dia inteiro. Quais são as peças chave da coleção?

S&F: As peças chave da marca sempre serão os super básicos, camisetas, moletons, calças chino e camisas.

MPH: Como vocês vêem o mercado de blogs de moda e como pretendem conversar com esse segmento?

S&F: É muito interessante pois trata-se de um mercado espontâneo, onde os profissionais que se consagram nessa área são aqueles que realmente tem o tino para isso. Na nossa visão, é interessante pensar na concepção que esse mercado alcançou; um jornalista carismático, sem rédeas que faz curadoria do seu conteúdo através do seu gosto pessoal e consequentemente transmite para os leitores.

Para nós, a conversa com esse segmento deve partir de um caráter simbiótico que transcenda o contexto comercial. Que seja uma matéria linda e interessante para o blogueiro e que para nós seja um privilégio ser publicado por um veículo com uma curadoria tão focada . No mercado nacional o grande desafio tem sido achar os blogueiros autênticos com uma curadoria sensível e interessante.

A Dercanvas traz variedade no básico, inspirada no lifestyle paulista, acessível para todo Brasil, com cores primárias e monocromáticas (destaque para o amarelo queimado), recortes, texturas e a preocupação com os detalhes e finalização, seja da flanela ao tecido rústico, pensando em estilo para meninos e meninas mesmo sendo básicos.


Esse post é apenas uma opinião do blog, sem qualquer tipo de comercialização ou mídia.

Paulistano nascido e criado, publicitário na formação, blogueiro de lifestyle e RP de vida. 30 anos de viagens, paixões, inspirações, realizações e conquistas. Podem me achar no facebook, twitter, instagram e snapchat por @fabioallves.
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13 comentários em “O novo básico

      1. Ahammm Fabio…. eu li que a proposta é básico mas com estilo….. mas continuo questionando o preço, apenas isso, por mais blá blá blá de estilo, proposta, desenvolvimento e questão tributária do nosso país, o preço continua salgado.

    1. Mauro,

      Acho até desonesto você comparar um peça com desenvolvimento 100% brasileiro (considerando nossa tributação fiscal) com uma multinacional como a Hollister ou ZARA que utilizam mão de obra barata em países asiáticos e até bolivianos, já a adidas não se compara por ser uma multinacional com foco em moda ESPORTIVA.

      1. Como disse o João Inácio aqui em baixo, uma camiseta aqui e na pqp é sempre uma camiseta, portanto, não vejo desonestidade nenhuma na comparação feita. Pense nisso!

  1. As peças são bem básicas e bem bonitas. Dá até para imaginar a qualidade do tecido.

    Sim, os preços. Salgados e nada básicos.

    Sim, tb li as justificativas do Fabio Allves. Ok. Mas. Pois é: mas…

    Ainda que a Hering seja básica e popular (pero no mucho, em se tratando de roupas de inverno e sei do que falo, estou em Porto Alegre), creio que as propostas trombam uma na noutra. Eu uso Hering e eles têm qualidade inquestionável de materiais. É básica, mas eu não a considero “popularesca” não. Cumpre sua proposta de ser uma roupa do dia-a-dia por um preço razoavelmente baixo.

    É, tem a Zara, que usa mão-de-obra barata. Há rumores que até mão-de-obra semi-escrava terceirizada em Bangladesh é usada. Lá, aonde desabou aquele prédio que matou quase mil pessoas que trabalhavam em confecções. A Polícia brasileira investiga se ateliês no bairro do Bom Retiro, na capital paulista, não usam bolivianos escravizados a serviço da Zara….

    Eu penso nisso quando entro numa Zara? Penso. Mas vejo roupas com cortes modernos, preço justo e acabo comprando. É, pois é. Tb penso no meu bolso…

    Admiro empreendedores brasileiros que lutam contra uma carga tributária insana e uma série de escaninhos burocráticos para tentar manter seu negócio. Sei que isso vai impactar no preço final. Mesmo que eu tenha informação de moda, sobre trendings variados, etc, eu, assim como muita gente na minha situação sócio-econômica e com o mesmo acesso cultural que eu; eu, fatalmente, não irei comprá-las. Darei preferência para a marca multinacional, com produto similar e preço (muito) mais em conta.

    Glorinha Kalil disse certa vez não ser justificável comprar uma camiseta que chegasse ou passasse dos cem reais, por melhor que fosse o material e mais importante a marca. A camiseta continua a ser o que ela é: apenas uma camiseta.

    E vivemos novos tempos, em que o consumo mais consciente está na pauta do dia. Viver com menos é possível e é desejável. Kate Middleton, Michelle Obama e David Beckham, ícones fashion, tb usam e abusam de roupas de grandes magazines, de marcas “popularescas”. Gastar os tubos com peças básicas, mesmo que vc possa comprar a loja inteira, como os três citados, ficou algo meio “fora”. O mundo vive uma crise global e que começa a lamber o Brasil, que conseguiu ficar imune até há pouco tempo. Não mais agora…

    Com certeza, a Dercanvas efetuou longo processo de pesquisa de público-alvo e estratégias.

    Pelo que vi, eu NÃO faço parte desse público. Não lamento. Estou mais com a duquesa de York, um grande jogador recém-aposentado e a primeira-dama americana. E desejo sucesso a mais este empreendimento, com certeza.

    Abs!

  2. É isso aí João…… como vc, NÃO faço parte do público alvo da Dercanvas e estou bem assim, continuo comprando minhas camisetinhas Hermès e pagando o preço que acho justo.

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